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Estromatólitos

Estromatólitos (do grego stroma, manta, e lithos, pedra) são estruturas biogênicas formadas por sedimentos e precipitação de carbonato de cálcio a partir de atividade das bactérias (principalmente cianobactérias) encontrados em ambiente marinho com águas rasas e quentes, sendo considerado parte do registro fóssil se ele já tiver se transformado em rocha.

Essas formações encontram-se entre as mais antigas evidências de vida em nosso planeta. Os mais remotos datam por volta de 3,5 bilhões de anos. Eles são usados, por exemplo, para tentar interpretar como a vida se desenvolveu desde então, pois acredita-se que, por realizarem fotossíntese, participaram da alteração da atmosfera do planeta.

Os estromatólitos funcionam como indicadores porque sua ocorrência no registro geológico aponta tempos precisos, possibilitando o conhecimento da formação de rochas ao redor. Ainda, auxiliam na compreensão dos paleoambientes (ambientes antigos), contribuindo para a percepção dinâmica do ordenamento do nosso planeta.

O fóssil de estromatólito aqui exposto data do período do Permiano (299 – 251 milhões de anos) e é proveniente do subgrupo de formação geológica Irati, que se estende por uma área de aproximadamente um milhão de quilômetros quadrados, abrangendo os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, parte da Argentina, Paraguai e Uruguai.

Em Estratigrafia, um ramo da Geologia, uma formação geológica é um conjunto de rochas ou minerais que compartilham características específicas, como composição, idade, origem, ou outras propriedades. Ela é a unidade básica na litoestratigrafia usada para nomear conjuntos de rochas. Para ser considerada uma formação, essa coleção de rochas deve ser distinguível de outras e ter uma distribuição geográfica ampla o suficiente para ser mapeada individualmente, tanto na superfície como abaixo dela. A espessura das formações pode variar significativamente e não é usada para definir sua identidade. Além disso, as formações podem ser subdivididas em membros ou agrupadas em grupos para uma descrição mais detalhada.

Em 06 de maio de 2016, essa estrutura passou a fazer parte do acervo museológico do curso de Ciências Biológicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie através da doação de Lauro de Moraes Coelho (Rocha Fértil Indústria e Comércio de Calcário Ltda).

 

Esse texto foi elaborado em colaboração com o Prof. Dr. Waldir Stefano do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS).

Galeria de Fotos

Estromatólito do período do Permiano

Foto: Murillo Medina / Acervo CHCM

Detalhe do fóssil

Foto: Murillo Medina / Acervo CHCM

Vista de cima da estrutura

Foto: Murillo Medina / Acervo CHCM